EP: 12 HIPERION E DIONE LUAS DE SATURNO, GÁS DE COZINHA???
Historia Universal
Bem-vindos a mais uma fascinante jornada pelo Sistema Solar! Hoje, vamos explorar duas das luas mais intrigantes e dinâmicas que orbitam o majestoso planeta Saturno: Dione e Hipérion. Estas luas, estudadas de perto pela sonda espacial Cassini da NASA, revelam segredos cósmicos que desafiam nossa compreensão do universo. Prepare-se para mergulhar em paisagens alienígenas, com vulcões de gelo, fissuras misteriosas, e crateras cobertas de gelo, enquanto desvendamos os mistérios por trás da atividade geológica desses corpos celestes. Acompanhe-nos nesta exploração emocionante enquanto descobrimos o que torna Dione e Hipérion verdadeiramente únicas no nosso Sistema Solar. Vamos começar essa jornada de descoberta cósmica!
Hipérion, a oitava maior lua de Saturno, apresenta uma configuração única em seu sistema. Localizada a aproximadamente 1.481.100 km de Saturno, em proximidade com Titã, sua superfície irregular assemelha-se a uma esponja, repleta de crateras. A rotação caótica e a órbita excêntrica contribuem para a singularidade desse satélite. O nome "Hipérion" tem origem na mitologia grega, sendo derivado do titã Hiperião, conforme sugerido por John Herschel para nomear os sete satélites conhecidos na época de sua descoberta, também sendo designado como Saturno VII. A descoberta de Hipérion foi atribuída conjuntamente a William Cranch Bond, George Phillips Bond e William Lassel em 1848. Análises recentes realizadas pela sonda Cassini-Huygens revelaram que aproximadamente 40% de Hipérion é composto por espaços vazios. Confirmou-se que a lua é predominantemente formada por gelo, com poucas áreas rochosas, indicadas por sua baixa densidade. A superfície de Hipérion exibe uma distribuição uniforme de crateras, sendo a maior delas com 121.57 km de diâmetro e 10.2 km de profundidade. Essas crateras são preenchidas por um material escuro e avermelhado, composto por cadeias de hidrogênio e carbono. A porosidade presente nessas crateras é considerada responsável por sua preservação ao longo do tempo. A rotação irregular de Hipérion impede a previsão de sua orientação no espaço. A forma desigual, a órbita excêntrica e a influência gravitacional de Titã são fatores prováveis para essa rotação. Esta peculiaridade contribui para a uniformidade da superfície da lua, ao contrário de outros corpos celestes com rotação regular e hemisférios distintos. Explorações anteriores, como as da Voyager 2 e da sonda Cassini-Huygens, forneceram imagens e dados sobre Hipérion. A Cassini-Huygens, em particular, se aproximou a apenas 500 km da lua em setembro de 2007, permitindo uma análise mais detalhada. Recentemente, observações adicionais pela Cassini revelaram que Hipérion é uma lua notavelmente peculiar. Sua superfície porosa é composta por dióxido de carbono e água congelados, sendo a descoberta mais intrigante a presença de hidrocarbonetos nas crateras, semelhantes em composição ao gás de cozinha. Esses resultados foram publicados na revista científica "Nature", liderada por Dale Cruikshank, do Centro de Pesquisa Ames da NASA.
Dale Cruikshank, em uma declaração, destacou a notável presença de hidrocarbonetos em Hipérion, que são combinações de átomos de carbono e hidrogênio presentes em cometas, meteoritos e na poeira da nossa galáxia. Ele observou que essas moléculas, quando misturadas ao gelo e expostas à luz ultravioleta, podem formar novas moléculas com significância biológica. É importante ressaltar que essa descoberta não implica a presença de vida, mas é mais uma indicação de que a química básica necessária para a vida está disseminada pelo Universo. #space ... https://www.youtube.com/watch?v=olWT0IGQPEU
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