EP: 07 CALISTO UMA LUA COM OXIGÊNIO
Historia Universal
Calisto, uma das luas de Júpiter, foi identificada em 7 de janeiro de 1610 por Galileu Galilei. Classificada como a terceira maior lua do Sistema Solar e a segunda maior em torno de Júpiter, possui aproximadamente 99% do diâmetro de Mercúrio, embora sua massa seja apenas um terço dessa. Na ordem de satélites de Galileu em relação a Júpiter, ocupa a quarta posição, com um raio orbital de cerca de 1.880.000 quilômetros. Notavelmente, não está sujeita à ressonância orbital que afeta os outros três satélites de Galileu (Io, Europa e Ganimedes), o que a isenta do aquecimento causado por forças de maré. Calisto exibe rotação diferencial síncrona, com uma face permanentemente voltada para Júpiter e a outra permanentemente oculta. A composição de Calisto consiste em proporções aproximadamente equivalentes de rocha e gelo, resultando em uma densidade média de 1,83 g/cm³. A análise espectroscópica de sua superfície revela a presença de gelo, dióxido de carbono, silicatos e compostos orgânicos. As investigações realizadas pela sonda Galileu indicam a possível existência de um núcleo de silicato e, talvez, um oceano subterrâneo de água líquida a profundidades superiores a 100 quilômetros. A superfície de Calisto é marcada por crateras antigas, carecendo de atividade tectônica ou vulcanismo. Acredita-se que sua evolução tenha sido principalmente influenciada por impactos de meteoritos ao longo do tempo, resultando em diversas características geográficas, como crateras de impacto, bacias com anéis concêntricos e cadeias de crateras com escarpas, cumes e depósitos. Em uma escala menor, a superfície apresenta diversidade, com pequenos depósitos brilhantes congelados no topo de colinas, circundados por uma camada mais escura de material. A idade absoluta dessas características permanece desconhecida. Calisto possui uma atmosfera extremamente tênue composta por dióxido de carbono e, possivelmente, oxigênio molecular, juntamente com uma ionosfera bastante intensa. Sua formação é atribuída à lenta acreção a partir do disco de gás e poeira que cercava Júpiter após sua formação. A convecção lenta no interior de Calisto, iniciada logo após sua formação, contribuiu para uma diferenciação parcial, levantando a possibilidade de um oceano subterrâneo a uma profundidade de 100 a 150 quilômetros, além de um pequeno núcleo rochoso. A existência provável de um oceano em Calisto levanta a perspectiva de abrigar formas de vida. No entanto, acredita-se que as condições de Europa sejam mais propícias para a vida do que as de Calisto. Várias sondas espaciais já estudaram essa lua, e devido aos baixos níveis de radiação em sua superfície, Calisto é considerada um local potencialmente adequado para uma futura base humana na exploração do sistema de Júpiter. Descoberto em janeiro de 1610 por Galileu Galilei, juntamente com as outras três luas de Galileu, há também a possibilidade de que o astrônomo chinês Gan De já a tenha observado em 362 a.C. O nome "Calisto" foi inspirado em uma das amantes de Zeus na mitologia grega, associada à deusa Ártemis. Calisto, o satélite mais afastado de Júpiter entre os satélites de Galileu, circunda o planeta a uma distância considerável de 1.880.000 quilômetros (26,3 vezes o raio de 71.398 quilômetros de Júpiter). Essa órbita é notavelmente maior que o semieixo maior do segundo satélite mais distante, Ganimedes, que está a 1.070.000 quilômetros de Júpiter. Devido a essa distância significativa em relação a Júpiter, Calisto não está sujeito à ressonância orbital que afeta os outros três satélites de Galileu. Assim como a maioria das luas no Sistema Solar, Calisto possui rotação síncrona, o que significa que o tempo que leva para completar uma órbita em torno de Júpiter é igual ao tempo que leva para dar uma volta completa em torno do seu próprio eixo (16,7 dias terrestres). Apesar de sua órbita ter uma pequena excentricidade e inclinação, estas variam quase periodicamente ao longo de séculos devido às perturbações gravitacionais solares e planetárias. Devido ao seu isolamento dinâmico, Calisto nunca foi aquecido por forças de maré, resultando em importantes implicações para sua estrutura interna e evolução. A distância significativa de Júpiter também implica em um fluxo relativamente baixo de partículas carregadas da magnetosfera do planeta atingindo sua superfície, aproximadamente 300 vezes menor do que em Europa, por exemplo. #universo #historia #universal ... https://www.youtube.com/watch?v=mxf-w2AeKwo
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