EP: 02 PHOBOS, A LUA MARCIANA EM ROTA DE COLISÃO
Historia Universal
Lua Marciana em Rota de Colisão
Bem-vindos, exploradores cósmicos. Hoje, desvendaremos um mistério que se desenha nos confins do Sistema Solar. Fobos, a lua marciana, dança perigosamente na borda da existência, numa rota de colisão iminente com o planeta vermelho. A proximidade extrema entre esses corpos celestes revela um espetáculo cósmico envolto em enigmas e desafia nossa compreensão das forças que moldam o universo. Preparem-se para embarcar em uma jornada intrigante pelo desconhecido. Fobos ou PHOBOS representa um dos dois satélites naturais de Marte, sendo o maior e mais próximo em relação ao planeta vermelho. Descoberto por Asaph Hall em 18 de agosto de 1877, seis dias após a identificação de seu companheiro Deimos, Fobos recebeu seu nome da mitologia grega, significando "medo", sendo considerado filho de Ares (ou Marte na mitologia romana) e Afrodite. Com um raio médio de 11,1 km, Fobos supera Deimos em massa, sendo 7,4 vezes mais massivo. Localizado a menos de seis mil quilômetros da superfície marciana, Fobos orbita Marte três vezes ao dia, mantendo-se abaixo da órbita síncrona. Isso resulta em um gradual declínio de sua órbita a uma taxa de 1,8 m por século. Esse fenômeno sugere que, dentro de 30 a 50 milhões de anos, Fobos poderá colidir com Marte ou, mais provavelmente, ser desintegrado pelas forças gravitacionais, formando um anel ao redor do planeta. Aproximadamente a cada 7,65 horas, Fobos realiza uma volta completa ao redor de Marte, sincronizando esse período com sua rotação. Como resultado, sempre mostra a mesma face ao planeta. Acredita-se que Fobos seja um asteroide composto por condritos carbonáceos, capturado pela gravidade de Marte, assim como Deimos e algumas luas de Netuno. Uma peculiaridade de Fobos é sua impossibilidade de ser observado do extremo norte ou sul de Marte devido à sua órbita alinhada à Linha do Equador. e pouca massa para ser esferoidal, Fobos carece de atmosfera devido à sua limitada massa. Com um albedo de aproximadamente 0,071, é um dos corpos menos refletivos no Sistema Solar. Análises espectrais no infravermelho revelam uma composição superficial semelhante à de Marte, sugerindo a presença de um possível reservatório de gelo. A densidade baixa, a alta porosidade e as numerosas crateras, incluindo a Cratera Stickney, indicam um corpo que sofreu impactos significativos. As rochas superficiais exibem ranhuras e erosões, suspeitando-se que tenham sido formadas por material expelido por impactos na superfície marciana. Apesar das tentativas de identificar anéis de poeira em Fobos, essas observações até agora falharam. Imagens recentes da Mars Global Surveyor indicam a presença de uma camada de regolito com pelo menos 100 metros de espessura, formada por impactos de outros corpos, embora permaneça desconhecido como esse material permanece ancorado em um objeto quase sem gravidade. . Uma simulação computacional e análises de dados sugerem que Fobos e Deimos originaram-se da desintegração de uma lua significativamente maior, ocorrida entre 1 e 2,7 bilhões de anos atrás. As características geológicas em Fobos foram nomeadas em homenagem a astrônomos que estudaram o satélite, bem como a figuras fictícias e lugares provenientes da obra de Jonathan Swift, "As Viagens de Gulliver". Entre essas denominações, destaca-se Laputa Regio e Lagado Planitia, referenciando locais da obra de Swift. A única dorsum nomeada em Fobos é Kepler Dorsum, em honra ao astrônomo Johannes Kepler, enquanto várias crateras já possuem denominações específicas. Em termos de exploração, Fobos foi alvo de fotografias detalhadas por várias sondas espaciais, cujo objetivo principal era investigar Marte. A Mariner 9 (1971), Viking 1 (1977), Mars Global Surveyor, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter contribuíram para os estudos de Fobos. A sonda rover Spirit também capturou imagens do satélite em agosto de 2005 durante sua missão em solo marciano. A União Soviética dedicou missões específicas a Fobos por meio do Programa Fobos. As sondas Phobos 1 e 2 foram enviadas a Marte em 1988, mas ambas enfrentaram problemas que encerraram prematuramente suas pesquisas. A Agência Espacial Russa planejou a missão Fobos-Grunt em 2011, com o intuito de trazer amostras do solo de Fobos à Terra, porém, a missão falhou na órbita terrestre. Quanto ao futuro, Fobos consiste essencialmente em detritos, com espaços consideráveis entre os blocos rochosos internos. A lua está gradualmente se aproximando de Marte (alguns centímetros por ano), e há a possibilidade de uma colisão a longo prazo entre ambos. Com base em observações, especula-se que partes menos densas de Fobos podem se desintegrar dentro de 20 a 40 milhões de anos, formando um anel ao redor de Marte devido à crescente força gravitacional do planeta vermelho. #universo #marte #lua ... https://www.youtube.com/watch?v=F8NNGl2SFP0
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